A Secretaria Especial da Cultura foi criada após a extinção do Ministério da Cultura. Está subordinada ao Ministério da Cidadania e é responsável por gerir as políticas culturais federais.
O secretário anterior, Henrique Pires, saiu de cena insatisfeito com o viés autoritário do Governo Federal. Subordinado ao Ministro Osmar Terra, o gestor não concordou com suspensão de edital com linha LGBT.
— Eu não vou fazer apologia a filtros culturais — disse — Para mim, isso tem nome: é censura. Se eu estiver nesse cargo e me calar, vou consentir com a censura. Não vou bater palma para este tipo de coisa. Eu estou desempregado. Para ficar e bater palma pra censura, eu prefiro cair fora.
Quem assume é secretário-adjunto, José Paulo Soares Martins. Ele é ex-diretor do Instituto Gerdau e da Fundação Iberê Camargo, além de ter comandado a Sefic (Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura) do extinto Ministério da Cultura durante a gestão de Marcelo Calero.
Durante sua gestão, o Instituto Gerdau colaborou e financiou a Bienal de Artes Visuais do Mercosul, em Porto Alegre, entre outras iniciativas culturais importantes. Em entrevista, afirmou que é um ex-hippie : “achava que ia mudar o mundo. Até levava jeito: magrinho, de cabelo comprido, andando de macacão para lá e para cá. Não fizemos grandes mudanças nesse período todo, acho até que atrapalhamos um pouco a vida do mundo”.
Foto em destaque Janine Moraes/MinC